Por onde andei…

A Arte de Anfitriar – ou Art of Hosting, em inglês – é muito mais do que aprender sobre um conjunto de tecnologias sociais que você pode replicar, é também uma prática ou, se preferir, uma arte. Em 2017 e 2018 tive a honra de fazer parte desse time de anfitriões que propôs encontros da Arte de Anfitriar Conversas Significativas com o tema Educação.

O chamado para estes encontros surgiu DE e PARA pessoas apaixonadas, curiosas e inovadoras em educação, para conectar educadores, facilitadores, estudantes, empreendedores, famílias e quem deseja aprender e colaborar com a transformação da educação por meio de conversas que importam, vivenciando um espaço de confiança para praticar juntos tecnologias sociais que permitem fazer emergir a inteligência coletiva do grupo e alcançar resultados que importam nestes tempos de crescente complexidade.

Uma imersão em AoH oferece uma mistura de alguns dos métodos mais poderosos para criar conversas abertas e significativas que gerem comprometimento e bons resultados. Os participantes aprendem e praticam um conjunto de potentes processos e métodos participativos que compõem a Arte de Anfitriar Conversas Significativas e Colher Resultados que Importam (Art of Hosting), tais como a Pedagogia do Círculo, o Café Mundial (World Café), a Tecnologia de Espaço Aberto (Open Space), a Investigação Apreciativa, Pro Action Café, Colheita Coletiva de Histórias e muito mais! Clique aqui e conheça as principais metodologias participativas da Arte de Anfitriar!

“É possível falar em educação sem falar em amor?”

Em 2018 o chamado foi  para “Educar no e para o amor”: Inspirar relações de cuidados consigo, com os outros e com a Terra.

Em 2017 o encontro tinha como propósito “Ressignificar práticas…” e foi simplesmente encantador!

APRENDIZAGEM TRANSFORMADORA SE DÁ EM COMUNIDADE!

Recentemente minhas andanças passam pelo Instituto Nhandecy, que quer dizer Mãe Terra e abarca práticas para o Bem Viver Coletivo, nas dimensões social, econômica, ecológica e visão de mundo. Em 2016 como participante e em 2018 como parte do Time de Anfitriãs do Programa Educação Gaia no Paraná – Brasil. O Gaia é um programa inspirado nas Ecovilas e comunidades mais bem sucedidas do mundo, presente e 43 países e elegido pela UNESCO como estratégia para trabalhar a Educação para o Desenvolvimento Sustentável na ação global rumos aos 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ) da ONU.

 

No Instituto tenho compartilhado a vida em comunidade e exercitado práticas como a Comunicação Não-Violenta, Art of Hosting – a Arte de Anfitriar Conversas Significativas e especialmente o Educação Gaia. Foi durante o Gaia 2016 que pude conhecer os fatores que fazem com que algumas comunidades permaneçam juntas, de maneira durável ao longo dos anos, enquanto outras não se sustentam. Então me dei conta, no centro dessa experiência de Aprendizagem Transformadora de que eu falava, da sensação de Transcender, Expandir por dentro e “Se encontrar”, está uma substância e um fator potencializador: a Comunidade!

 

Quando as pessoas vivenciam esses ambientes de aprendizagem elas relatam que “se encontraram”, que resgataram sua essência, ou seja, algo que sempre foram, entre outras coisas pelo “simples” fato de encontrar um espaço de acolhimento de quem são e de se conectar com os outros, percebem que não estão isolados ou separados, mas conseguem alcançar sua essência ao se reconhecer e reconectar uns com os outros, e com o meio, através de alo que chamamos de senso de comunidade! Ao encontrar senso de comunidade é onde surgem os depoimentos de transformarção, evolução.

Além do JPD e do Empreendedorimos Social, na Sociedade Global foram ainda diversas oportunidades de experimentar metodologias, projetos e rodas de diálogo, como os Laboratórios de Inovação Social e o programa ONG 4.0, em parceria com o Instituto GRPCOM e os Diálogos Integrativos, que reuniu diversos temas sobre os quais “precisamos conversar” na visão dos cidadãos curitibanos.

Algumas das experiências em facilitação foram sistematizadas no programa Facilitadores da Transição, onde pude reunir e sistematizar minha visão sobre Aprendizagem Transformadora, reuinindo as fontes e abordagens das quais havia bebido como a Teoria Integral (Ken Wilber), a Teoria U (Otto Scharmer), o Design Thinking e o Design Centrado no Ser Humano (IDEO) e tantas outras.

Todas essas realizações objetivas – junto de todas as vivências subjetivas que se entrelassam – estão muito conectadas com um propósito de “Facilitar a Transição” das pessoas, dos coletivos, ao “Anfitriar Ambientes de Aprendizagem Transformadora” que permitam aos diversos atores dessa trama contemporânea a co-criar modelos mais sábios, integrados e inclusivos de vida (isso que alguns chamam de Sustentabilidade) .

 

Entre as experiências que compuseram meu mosaico de interesses, meu radar de busca, meu currículo livre, está  o Programa JPD – Jovens Profissionais do Desenvolvimento da ONG Sociedade Global; em que participei (2011-2012), coordenei, desenhei e facilitei (2013-2016), com ajuda de muitos parceiros e amigos inspiradores.

 

 

 

Foram 5 edições e mais de 80 jovens que passaram pelo programa que se propõe a apoiar a transformação de outros como eu em busca de criar sua própria vida e carreira mais conectada com o que acreditam para o mundo. Foi a minha grande escola, universidade e comunidade de aprendizagem da vida, que me permitiu aprender-fazendo tudo que considero que sei fazer hoje!

 

 

No Cosustentare – Congresso Online de Sustentabilidade Empresarial – em 2016, pude compartilhar um pouco sobre como elaborei e sistematizei esse aprendizado nas “competências essenciais” para um Profissional do Desenvolvimento. Entre elas estão a   “Vulnerabilidade- Incerteza – Empatia – Confiança Criativa”. 

Veja mais: http://jpd.sociedadeglobal.org.br/

A vivência com o JPD também nos levou a compor o time de anfitriões que criou o curso de extensão na PUC-PR chamado “Empreendedorismo Social: Lideranças Transformadoras” com um ano de duração, uma parceria entre PUC-PR, Sociedade Global e Nuvem ONG, que teve 3 edições de 2013 a 2016.

 

 

 

Passaram pelo programa mais de 300 jovens entre universitários e estudantes de comunidades em Almirante Tamandaré, além de parceiros dos diversos setores gerando um impacto para mais de 10.000 pessoas no município.

Para mim representou uma experiência enriquecedora de lidar com realidades diversas de vulnerabilidade social, comunidades, famílias, escolas, e por contar com o apoio e a experiência de um time de anfitriões que compunham junto comigo um espelho dessa complexidade social, estimulando o jovem como agente de transformação de sua própria realidade.

 

 

 

11 e 12/08/2015 – PUCPR – ll Jornada de Estudos e Workshop Jovens e Horizontes Utópicos: Sustentabilidade e os Desafios Contemporâneos. Foto: Cassiano Rosário

2013-2016 – COORDENANDO O PROGRAMA JPD | SOCIEDADE GLOBAL

2013 – 2016 ANFITRIàNA EXTENSÃO EM EMPREENDEDORISMO SOCIAL | SOCIEDADE GLOBAL & PUC-PR